No cenário atual do mercado brasileiro, as recompras de ações tornaram-se uma ferramenta estratégica cada vez mais utilizada pelas companhias. Ao readquirir seus próprios papéis, as empresas buscam ajustar sua estrutura de capital e transmitir confiança ao mercado.
As recompras de ações ocorrem quando uma empresa decide adquirir de volta ações que já estão em circulação no mercado. Esse movimento pode ser motivado pela percepção de que suas ações estão subvalorizadas ou pela necessidade de usar recursos disponíveis de forma mais eficiente.
Essas ações podem ser mantidas em tesouraria ou canceladas. Ao cancelar papéis, a companhia reduz o número total em circulação, reduzir o número de ações e aumentar de forma proporcional a participação dos acionistas remanescentes.
O principal intuito é objetivo de sinalizar confiança do management sobre o valor intrínseco de suas ações. Além disso, a recompra:
Quando a empresa executa um programa de recompra, o lucro líquido permanece estável, mas é dividido por menos ações. Dessa forma, o lucro por ação (EPS) cresce, valorizando o papel e beneficiando quem permanece investido.
Esse efeito positivo é reforçado em momentos em que a percepção de mercado aponta para percepção de que as ações estão subavaliadas. Nesses casos, a recompra pode gerar ganhos expressivos no curto prazo.
Entre os principais benefícios, destacam-se:
Apesar das vantagens, existem pontos de atenção:
O Brasil bateu recordes em programas de recompra nos últimos anos. Em 2024, foram recomprados R$ 30 bilhões em ações. Até abril de 2025, as empresas já haviam executado R$ 7,4 bilhões.
Esse movimento tem sido impulsionado pelo ciclo recente de altas de juros no Brasil e pela percepção de preços atrativos nas bolsas.
Estratégias como as da XP ressaltam que as recompras são formas de aproveitar o momento de mercado e transmitir confiança. Por outro lado, alertam para limites de caixa que podem impactar dividendos futuros e investimentos em crescimento sustentável.
Embora programas de recompra sejam mais comuns em mercados maduros, como EUA, o Brasil expandiu significativamente essa prática a partir de 2020. Setores de bancos, commodities e varejo lideram o movimento, refletindo a busca por retornos mais imediatos aos acionistas.
As recompras de ações são uma ferramenta poderosa de gestão de capital. Quando bem executadas, podem valor intrínseco da companhia não refletido para reforçar a confiança do mercado e potencializar ganhos. Contudo, é essencial avaliar riscos de liquidez e alavancagem, sempre ponderando com outras opções de uso de caixa, como investimento em crescimento ou distribuição de dividendos.
Referências